A Amazônia está sob ameaça. E dessa vez, é uma investida da Petrobras e do próprio governo brasileiro, que querem explorar petróleo na região, colocando em risco toda a vida existente na bacia da Foz do Amazonas.
Em 2024, o Brasil registrou 183 acidentes ligados à exploração petrolífera, incluindo uma morte. Além disso, especialistas alertam que, em caso de vazamento na Margem Equatorial, onde está localizada a Foz do Amazonas, em apenas 10 horas o óleo alcançaria águas internacionais. Em tão pouco tempo, seria inviável proteger a biodiversidade local, incluindo recifes de corais ainda pouco estudados, espécies marinhas vulneráveis e comunidades tradicionais que habitam a região e dependem desses ecossistemas.
Devido a todos os riscos envolvidos, o Ibama tem negado desde 2023 a autorização de pesquisas para exploração de petróleo na região. Por isso mesmo o órgão tem sido alvo de crescentes ataques do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do próprio presidente Lula, que têm ido a público desqualificar as razões técnicas do veto.
O argumento de que a medida traria benefícios imediatos à economia não se sustenta: trata-se de uma atividade de alto custo, com retorno demorado e empregos de curta duração. Em contrapartida, os impactos socioambientais seriam profundos e duradouros. A pressão do governo também expõe a contradição de uma gestão que se orgulha de querer tornar o Brasil liderança no enfrentamento à crise climática e na transição energética global e que, inclusive, se prepara para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em novembro deste ano. Proteger a Amazônia e seus territórios costeiros não é um obstáculo ao desenvolvimento, é condição para um país mais próspero!
O foco da pressão está no presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, que em pouco tempo precisará dar uma resposta definitiva para a Petrobras. Por isso, precisamos nos unir à sociedade civil e aos movimentos ambientalistas para dizer a Agostinho que não admitimos um projeto de desenvolvimento que agrida as comunidades tradicionais e os oceanos e coloque a Amazônia em leilão.
Vamos mostrar que a comunidade ambientalista e todos os brasileiros estão com o Ibama e querem uma Amazônia livre de petróleo. Preencha o formulário e envie agora o seu recado!